sábado, 10 de janeiro de 2009

CONVENTO DE CRISTO


CONVENTO DE CRISTO


Classificado como Património Mundial, foi sede da Ordem do Templo até 1314, e da Ordem de Cristo a partir de 1357. Consta de uma parte militar, o Castelo, fundado em 1160 por Gualdim Pais, dentro de cujas muralhas foram construídas as várias partes do Convento. Bem articuladas entre si, destacamos:

_ A Charola octogonal, raríssimo santuário de influência oriental, de fins do do século XII. Inicialmente fechada, foi rasgada, no ínicio do século XVI, por um amplo arco quebrado que a ligou à Igreja Manuelina, em que se destacam: as mágnificas janelas manuelinas ( especialmente a famosíssima " Janela do Capítulo"), o portal proto-renascentista, e a abóbada do coro alto.

_Os Paços do Infante área residencial, primeiro ocupada pelo Infante D. Henrique e, posteriormente, por membros da Casa Real, beneficiando assim de sucessivas obras. As intervenções arqueológicas efectuadas no espaço compreendido, entre a Charola e a Torre de Menagem, forneceram dados seguros e significativos da Thamara ou Tamarmá muçulmana: vestígios da madina (cidade). A madina com a sua alcazaba (alcáçova) era munida de um sisitema defensivo, donde identificamos um troço de muralha (serve de suporte ao lastro à fachada dos Paços Antigos ou Paços Mestrais ( Séc.XV) e Paços Novos (Séc.XVI), vestígos de torre exterior ou albarrã, para além de estruturas destinadas a habitação e defesa do reduto militar ( Sécs.VIII/IX-2ª metade do Séc.XII). A culutura material exumada, do que ainda se conserva dos Paços Mestrais, sugere para a sua constução uma data próxima do ano em que o Infante D. Henrique, governador da Ordem de Cristo, passou a viver em Tomar, a partir de 1417.

_ Os oito Claustros, construídos nos séc.XV e XVI, sendo de destacar o Claustro da Hospedaria, da Primeira Renascença, e o Claustro Principal, já do Renascimento Final, ao gosto maneirista.

_A Casa do Capítulo Incompleta, o Refeitório, a Capela do Cruzeiro, as Salas das Cortes e a Sacristia Filipina, todas elas construções admiráveis, do séc.XVI ao XVII.

Faz parte do recheio do Convento riquíssimo acervo de pinturas, muitas em restauro há vários anos.

Nomes grandes da História da Arte aqui trabalharam: arquitectos como Fernão Gonçalves, Diogo de Arruda, João de Castlho. Diogo de Torralva, Filipe Terzi e Pedro Fernandes Torres, escultores como Olivier de Gand e Fernão Muñoz, pintores como Gregório Lopes, Jorge Afonso e Domingos Vieira Serrão, aqui deixaram a sua marca, embora muitas obras tenham desaparecido devido à incúria ou puro vandalismo.

1 comentário:

Maria Monteiro disse...

Muito bem, Júlia!!!!
Só falta uma coisinha...a fonte de onde retirou a informação.
Obrigada!!!!! Bjs!