quarta-feira, 4 de março de 2009

Maria do Ceu Guerra


Maria do Céu Guerra nasceu em Lisboa, onde cursou o liceu e ingressou na Faculdade de Letras de Lisboa, em Filologia Românica.

Na Faculdade começa a interessar-se pelo teatro, faz parte do Grupo Cénico onde se estreia (em 1963) na peça Assembleia ou Partida, de Correia Garção, encenada por Claude-Henri Frèches.

A Céu Guerra extrovertida, que é o tipo desta actriz no teatro, está na Crónica dos Bons Malandros. Mas guardamo-la na memória por outras zonas: O Mal Amado (talvez o seu melhor papel), Saudades para D. Genciana (onde se salva, sem bóia, do naufrágio do filme) ou esses papéis íntimos que ergueu para a televisão em A Impossível Evasão, Casino Oceano ou Só Acontece aos Outros. Uma vez soçobrou (Lerpar) e, as mais das vezes, empurrou os filmes à força do seu grande talento. (JLR, in Dicionário do Cinema). Em 1963, é um dos elementos do colectivo que arranca com o espaço da Casa da Comédia, na Rua 5. Francisco Borja, em Lisboa. Com ela estão outros amadores (Zita Duade, Manuela de Freitas, Santos Manuel, Fernanda Lapa, Teles Pereira, Francisco Ferro, Laura Soveral... ), alguns dos quais se tornariam actores de primeira linha nos anos seguintes. Sob a direcção de FernandoAmado, Céu Guerra faz Deseja-Se Mulher, de Almada Negreiros, O Auto da índia e a Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, além de colaborar em recitais de poesia.

Sem comentários: