quarta-feira, 4 de março de 2009

Maria do Céu Guerra

Maria do Céu Guerra (Lisboa, 26 de Maio de 1943) é uma actriz e encenadora portuguesa.

Começa a interessar-se por teatro enquanto estudante universitária - frequentou o Curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ao integrar o grupo de fundação da Teatro Casa da Comédia (Zita Duarte, Manuela de Freitas, Santos Manuel, Fernanda Lapa, Teles Pereira, Francisco Ferro, Laura Soveral) participa em Deseja-se Mulher, de Almada Negreiros, encenado por Fernando Amado. Posteriormente é co-fundadora do Teatro Experimental de Cascais onde se profissionaliza e, trabalha sob a direcção de Carlos Avilez, (1970 - Um Chapéu de Palha de Itália de Labiche; 1968 - O Comissário de Polícia de Gervásio Lobato, Bodas de Sangue de García Lorca; 1967 - D. Quixote de Yves Jamiaque, Fedra de Jean Racine; 1966 - Auto da Mofina Mendes de Gil Vicente, A Maluquinha de Arroios de André Brun, A Casa de Bernarda Alba de García Lorca; 1965 - Esopaida de António José da Silva.

Ingressa por curto período no teatro de revista e comédia, trabalhando com Laura Alves e Adolfo Marsillach, que dirige em Tartufo de Moliére, no Teatro Villaret. Volta à Casa da Comédia, onde trabalha com Morais e Castro e Luís de Lima. Faz parte do grupo fundador do Teatro Adóque. Funda companhia de teatro A Barraca onde se centra, ainda hoje, a sua actividade em teatro, maioritariamente com Hélder Costa (como autor e encenador), tendo, trabalhado também com Augusto Boal e Fernanda Lapa. Aí interpretou, entre muitos outros, autores como Dário Fo, Ribeiro Chiado, Bertolt Brecht, Rainer Werner Fassbinder, Ionesco, William Shakespeare, Ettore Scola ou Luís Sttau Monteiro.

Encenou O Menino de Sua Mãe, a partir de Fernando Pessoa; Marly - A Vampira de Ourinhos, original de Queiroz Telles; Xeque-Mate, que adaptou de Shaffer e protagonizou com Laura Soveral; O Último Baile do Império, a partir de Josué Montello; O Bode Expiatório, de Fassbinder; Agosto - Histórias da Emigração; A Relíquia, a partir de Eça de Queiroz; Inverno Debaixo da Mesa, de Carson Macullers. Produziu o Ciclo Ionesco; foi co-autora e figurinista de Os Prantos de Maria Parda, a partir de Gil Vicente; fez a direcção plástica de Viva La Vida, de Hélder Costa e César de Oliveira e de A Barca do Mundo, de Hélder Costa, na Expo98. Dirigiu e recitou poesia, em variados espectáculos, destacando A Palavra do Dia (Expo98) e Pessoalmente Quatro Poeta, com o qual já realizou mais de sessenta sessões por todo o país. Com A Barraca percorreu inúmeros Festivais Internacionais de Teatro, destacando as digressões em África e na América do Sul.

No cinema trabalhou com os realizadores Fernando Matos Silva (O Mal Amado e Guerra de Mirandum), Luís Couto, Luís Filipe Rocha (A Fuga), Fernando Lopes (Crónica dos Bons Malandros), Luís Filipe Costa, Costa e Silva, Eduardo Geada (Saudades Para Dona Genciana), José Fonseca e Costa (Os Cornos de Cronos), Frederico Corado, Margarida Gil (Anjo da Guarda) e Ruy Guerra (Portugal S.A.).

Apareceu, pontualmente, na televisão, onde destaca telefilmes (como Casino Oceano, de Lauro António ou La Letre Volle, de Ruy Guerra) e séries.

Mensagem enviada pelo colega Fernando Rocha.

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